Pela manhã fui tentar recuperar a capacidade aeróbica perdida. Correr, fazer o sangue circular, o coração dar aquela bombeada bacana do melado pelas artérias, estimular aquela respirada mais profunda e tal. Após poucos quilômetros, meu lado queniano ainda está meio intimidado, fui esticar a musculatura pra não ficar dolorido e vi a cena triste do dia. Um senhor negro, curtindo um momento maluquinho, vinha falando com geral pela pista, carregava uma mochila e uma bolsa branca na mão. Até a hora em que fez uma firula na frente do trator da Comlurb que vinha com um motorista e um gari esvaziando lixeiras. O motorista do trator parou, chamou o senhor cheio de sociabilidade e com pinta de maluquinho, pediu a bolsa branca pra ver e ficou com a bolsa, deixando sujeito que vinha cheio de bom astral na mão. Não deu pra saber se os sujeitos se conheciam nem nada, mas deu pra sentir a reação de frustração do que teve a bolsa tomada. Pareceu algo tão triste, um ação tão covarde. Momento baixo astral do dia.
Urbanidades, coisas relativas ao espaço urbano. Sub-urbanidades? Uma referência à minha origem no querido bairro de Bangu. Esse blógue vai servir pra falar sobre cidade, cotidiano, sobre minhas paixões pelo futebol ("Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!"), pelo samba ("pois e sou da Mocidade Independente"), por política, pelas pessoas e seus jeitos de ser. E se algo que não se encaixar nessa apresentação também aparecer pode ser quem nem seja de todo estranho também.
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