tag:blogger.com,1999:blog-21546264461920123882024-03-05T14:44:47.516-08:00Sub-urbanidadesUrbanidades, coisas relativas ao espaço urbano. Sub-urbanidades? Uma referência à minha origem no querido bairro de Bangu. Esse blógue vai servir pra falar sobre cidade, cotidiano, sobre minhas paixões pelo futebol ("Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!"), pelo samba ("pois e sou da Mocidade Independente"), por política, pelas pessoas e seus jeitos de ser. E se algo que não se encaixar nessa apresentação também aparecer pode ser quem nem seja de todo estranho também.Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-15951326477206536062012-07-06T16:51:00.000-07:002012-07-06T17:06:09.380-07:00Primer día de viaje y cumpleaños en Quito<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;">Pela segunda vez completo 18 anos. É a maioridade duas vezes
que chega embora eu mesmo me sinta mais jovem que isso, 28 anos... sei lá. Coisas da maturidade ou
não-maturidade, tô nem aí pra entender isso. Fato que estou em Quito, gostando
da capital equatoriana e de sua gente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje, inclusive, encarei os 18 graus mais quentes da minha
vida. Enquanto no Rio a temperatura já faz com que nós, os cariocas, corramos pros casacos... aqui, nesses verdes Andes, a mesma temperatura é seca e não traz
qualquer incômodo. É até agradável.</div>
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<br /></div>
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Chegar aqui que foi mais casca-grossa. Foram 14 horas de
viagem, quatro aeroportos, três países, algumas boas horas de espera em Guarulhos e, pra
ficar melhor, um extravio de bagagem. Ô sorte...</div>
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<br /></div>
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O primeiro dia em Quito, diga-se de passagem, o meu
trigésimo sexto aniversário (uhu!) foi de uma tranquilidade ímpar. Sem firulas, muitos desenrolos. Do jeito que
eu gosto. Caminhei com La Madre, mãe de Karla, minha couchsurfer guest na feliz
capital equatoriana. Claro, ella ya es mi madre ecuatoriana. Fue presentado a
puntos turísticos de la ciudad y, despues, nos fuímos al aeropuerto a recoger mi equipaje
que se perdió en Bogotá anoche.</div>
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<br /></div>
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Bueno, depois de algum desenrolo pra lá, pra cá, ir ao
escritório da Avianca, desenrolar com o seu moço de terno que deixa, ou não
deixa, vc passar pela área que deveria ser a saída da galera que chega dos voos,
ficar lá na frente do balcão com meu passaportezinho do Merscosul e um papel
que dizia que minha bagagem tinha ido curtir uns momentos de independência,
depois de gastar todo o meu espanhol... chegou o homem mágico, com a chave
mágica que me entregou minha mala de rodinhas e minha bolsa. Uma alegria
indígena tomou conta de mim e tive a clara, a mais clara sensação de ter
ganhado o dia. Pois é, coisas simples como ter cuecas e desodorante são tão
gostosas que já valem como megapresente de aniversário.</div>
<div class="MsoNormal">
Ironicamente o almoço, diante do aeroporto, foi num
restaurante colombiano. Caí dentro de una bandeja paisa, prato de Medellín, ali
no país ao norte. Curioso foi que nunca passei tão pouco tempo em um país, gastei
menos de trinta minutos da minha vida por lá graças à demora do voo da Tam que
saiu de Guarulhos. A tal da demora fez com que a bagulhama, digo, bagagem
tivesse ficado para trás.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E, como já perguntaram, por que passar o aniversário tão
longe de casa? Para dar balão nos amiguinhos e fugir da comemoração? Para
deixar de ganhar presentinho? Não, para me submeter a um momento de
descobertas, coisas, pessoas, lugares novos. Para o dia ser marcado por um novo
momento, com novidades que ficarão guardados na cabeça e no coração. A família
e os amigos sempre estiveram, estão e estarão comigo. Claro.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
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Tudo bem, tudo bom, a vida segue. A noite chega (tenemos dos
horas menos que Rio) e devemos sair para festejar, furdunçar Quito. Ya es!</div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-4837727930207005632012-06-16T17:36:00.001-07:002012-06-16T17:36:51.381-07:00<br />
<div class="MsoNormal">
A noite com um "ser da noite"</div>
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<br /></div>
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Madrugada de sábado ali pelas quebradas do Andaraí, após um
noite de samba no Salgueiro, simpática escola vermelha, tijucana e branca, fui comer algo pra não chegar em casa com tradicional primeira fome do dia.</div>
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<br /></div>
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Barraquinhas ainda com luzes acesas, vendendo comidas e
cervejas. Comigo, três franceses que haviam sido apresentados àquela realidade
cultural carioca com tambores e molejo instantes antes. Aproximamo-nos de um desses pontos, sentamo-nos
em cadeiras de metal, daquelas mesmo de cerveja, e um sujeito se aproximou.
Carregava dois celulares e uma capacidade incomum de falar. Como falava! Parecia
um rapper, mal parava para respirar.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ficou encantado com a francesinha, Alizée, menina de belo
rosto, belo sorriso que, óbvio, chama atenção dos ogros da noite. Alizée
sentava-se à minha esquerda, os demais franco-gente-boas, Maryan e Vincent
(quase xará), depois dela. A figura da noite ficou do meu lado direito mandando
bala nas palavras. </div>
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<br /></div>
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“São russos, são russos?”, perguntou após eu ter dito que
eram francesas. Olhou para Maryan e falou “aquele é sinistro, tem cara que mata
muito”, dizia com aqueles olhos que saltavam quase na calçada de tão
arregalados. Pobre Maryan, que acabo chamando de Mariano, moleque com
tremendo ar de “sou um cara tranquilo”, mas dono de uma barba que tomava quase
todo o rosto e que talvez tenha feito o “da noite” pensar na nacionalidade
russa. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
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Cada que pessoa que passava na rua durante aquela madrugada
saudava a figura que, todo espevitado, levantava ia lá, falava, tirava uma onda
e voltava. Ah, carregando, além dos dois celulares, duas latas de cerveja que
bebia simultaneamente.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O cenário ainda melhorou. O “da noite” começou a se gabar. “Matei
já uma galera. Mando no morro do Salgueiro e na boca ali”, apontando o suposto
ponto de comércio de substâncias entorpecentes ilícitas. “Aqui todo mundo me
conhece”, alardeava com toda razão porque já tínhamos notado.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu começava a notar um mal-estar nos meus amigos franceses,
mesmo sem entender tudo o que nosso amigo da noite falava, sentiam que ele se
referia a coisas, digamos, não muito familiares. Confesso, eu seguia curioso para
ver até que ponto aquilo ia chegar. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O tom até subiu, ele chegou a comentar que poderia matar um
ou outro ali. Mas sempre falava comigo, em tom mais baixo, que tinha medo do
Mariano. Vá entender.</div>
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<br /></div>
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Eu começava a desenrolar o caô para despistar o ser da noite
para voltar pra casa quando saiu de dentro de um vila uma moça, de chinelos,
minissaia clara, blusinha, cara de “vou bater em você, otário”. Olhou para o
nosso grupo e, sem dó, destravou a língua e metralhou: “Não te falei pra voltar
para casa cedo hoje? Você sabe que horas são? Você tá pensando que é o quê?
(...)”. E nosso herói/antiherói correu para dar moral pra patroa. Só que toda
aquela empáfia caiu no chão e ficou ali do lado da cadeira onde ele estava
sentado. A moça lascou-lhe aquela sova moral, sumiu no escuro e com ele levou o
ser da noite num fim melancólico para o personagem.</div>
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<br /></div>
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Eu adoro os seres da noite e suas histórias. <span style="font-family: Wingdings; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-char-type: symbol; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-symbol-font-family: Wingdings;">J</span></div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-57583364188103252452012-05-07T11:07:00.002-07:002012-05-07T11:07:55.919-07:00<br />
<div class="MsoNormal">
Ontem a tarde no alto do Morro do Salgueiro me peguei pensando porque gosto tanto dessa cidade. Porque tenho tanto orgulho de ser carioca e de morar aqui.</div>
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<br /></div>
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Observar a cidade a partir de um plano tão superior, do alto de uma favela, olhando para a cidade lá embaixo, esparramada entre pequenas montanhas, ouvindo samba e aproveitando bons momentos concluí que a explicação se deve a três palavras: natureza, urbanidade e as pessoas.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A impressão é que tudo é conectado, não se consegue imaginar um dos três elementos desconectado dos outros dois. É só fechar os olhos e pensar. Pão de Açúcar, Corcovado, praias sem a intervenção do homem, sem bondinhos, sem Cristo Redentor, sem calçadão, sem gente jogando frescobol ou várias barracas coloridas pra nos proteger do sol... Imaginar o Rio Antigo, a avenida Rio Branco ou o Saara, imaginar Madureira, Copacabana... e, claro, os cariocas que dão alma à todos os lugares e coisas da cidade. O lugar só faz sentido quando se conecta seus elementos essenciais.</div>
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<br /></div>
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Deve ser por isso que tenho voltado uma vez por mês ao samba no alto da morro, ligado à uma escola que nem é a minha, mas onde tenho amigos. Talvez a sensação de estar lá no alto reforce a minha sensação de ser carioca.</div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-22195708826619633832012-05-07T10:14:00.002-07:002012-05-07T10:14:53.866-07:00Oi, blógue. Vim postar. \o/Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-7040426361337091302011-08-14T18:28:00.000-07:002011-08-14T18:28:49.663-07:00Mancando rumo ao metrôA crise de hérnia de disco ainda não passou, a perna esquerda segue bastante dormente. Caminhar assim é custoso, faz com que o locomover seja demorado até. Subir e descer escadas é especialmente difícil.<br />
<br />
Na última sexta-feira tomava o caminho de casa e descia as escadas da estação do metrô de todos os dias, a Uruguaiana, no Centro do Rio. Baixava degrau por degrau, sem grande agilidade, é verdade. Já chegando à estação sinto puxar de cabelo. Um amigo, João Marcelo, o Dallas, futucava meus dreads com um sorriso de moleque no rosto.<br />
<br />
- Tu engarrafou a escada, negão. Pior. Atrás de você tinha um cara mancando, eu jurava que ele tava te imitando, disse João Dallas. Então mostrou o rapaz, que não me imitava, realmente puxava a perna, mas andava com uma rapidez considerável.<br />
<br />
Engraçado constatar que sou um tortinho lerdinho.<br />
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<br />
Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-87264434572105785722011-08-14T18:12:00.000-07:002011-08-14T18:12:53.226-07:00A melhor hora do diaDia desses foi um daqueles que começa cedo, cedíssimo. 7h30 já estava em sala de aula. 9h50 estava no trabalho. 20h ainda estava no trabalho. Após tantas horas na rua, indo de uma lado pro outro, convivendo com a pressão cotidiana do trabalho só queria voltar pra casa, ficar na horizontal, quietinho, dando um confortável descansada.<br />
<br />
Pouco depois das 20h vazei do escritório rumo ao bom e velho lar. Caminho percorrido, portão do prédio aberto, elevador tomando, corredor do andar caminhado, chave enfiada na fechadura e... e... e... a porta emperrou.<br />
<br />
Demorei a acreditar. Enfiei a chave de novo. Rodei. Nada. Fui lá embaixo, falei com o porteiro, peguei o telefone do chaveiro que atende 24 horas, subi de novo. Não acreditava. Chave de novo na fechadura. Sem sucesso. Desci. Falei com o porteiro de novo. O figura subiu. Tentou comigo. Nada.<br />
<br />
Chamamos o outro porteiro. Eu já rodava o número do chaveiro na mão. Pensava no prejuízo que seria. Tentava entender o que acontecia. A lingueta de metal, aquele trinco que abre a porta quando se gira a maçaneta simplesmente não queria mais abrir. Ô, sorte...<br />
<br />
Paciência quase perdida. Qual foi a solução? Empurrou-se a porta com, digamos, mais vigor que o normal. Pois é. Abriu. Perto de 22h consegui entrar em casa. Felizmente chegou a hora que esperei durante boa parte do dia.Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-18670967283596546872011-07-04T19:51:00.000-07:002011-07-04T19:55:34.331-07:00Engraxate beijoqueiroDia desses vivia momentos de sociabilidade no Centro do Rio, na rua do Ouvidor. Tomava uma cerveja e conversava mui amistosamente com um camarada gente boa. Vendedores de amendoim torrado, engraxates e pedintes se revezavam passando pela mesa um atrás do outro.<br />
<br />
O terceiro engraxate a passar ofereceu o serviço. Disse que não queria e agradeci. Ele ofereceu de novo a engraxada e pediu uma moeda. Educadamente respondi que só aceitaria a engraxada se fosse de graça porque nem moeda tinha. O figura sorriu, disse que de graça não engraxava mas dava um beijo na bochecha.<br />
<br />
Ahn?<br />
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Pois é, deu um beijo na minha bochecha, levantou num pulo, pegou sua caixinha de engraxar e saiu gargalhando.<br />
<br />
Chegou mais a frente e com aquele ar de moleque que só quem zoa na rua tem virou pra trás e mandou "aí, na amizade, meu bom". "Claro que é", respondi completando com um "vai na fé". E assim o engraxate beijoqueiro e moleque seguiu em frente rindo da parada que havia aprontado.<br />
<br />
Seria um erê? Hehe.Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-55848053561489600562011-07-04T19:15:00.000-07:002011-07-04T19:15:48.077-07:00A duraDia desses foi aniversário de uma colega de trabalho. Ela cismou de comemorar em Búzios. Ok, vamos a Búzios. Vicente foi com uma gringa amiga dela que veio ao Rio somente e apenas para a comemoração.<br />
<br />
Alugou-se um carrinho mil que pro Vicente sai com desconto por conta de seu empregador. Rolando o ratatá com a gringa, ficava mais barato que ir de ônibus pra cidadezinha praieira da festa.<br />
<br />
Blz, partiu Vicente com seu cabelo rasta-banguense e a gringa no carona. Era um sábado de sol, não muito quente, mas um dia agradável. A praia não deveria estar cheia, mas também não deveria estar vazia. O fluxo para a região dos lados era razoável.<br />
<br />
Passando por Rio Bonito há um núcleo urbano, os carros têm que diminuir a velocidade para passar por lá. As vezes os policiais do Batalhão Rodoviário ficam ali de butuca pedindo um ou outro para parar. Naquele dia eu usava uma camisa amarela, a da equipe chilena do Coquimbo, e foi o suficiente para chamar a atenção dos Papa Mikes.<br />
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Carro parado. "De onde é que o senhor vem? Para onde é que o senhor vai?". Aquele caô de sempre. Eis que o hômi me pede para descer do carro e avisa: "revistarei todo o carro do senhor". Imaginei na hora que vui meu cabelo e ficou maluquinho atrás de um suposto flagrante pra me levar pra depê. Hehe, mal sabia ele que sempre ando limpinho, não sou usuário de substâncias entorpecentes ilícitas.<br />
<br />
Seu polícia reistou tão cuidadosamente, tão cuidadosamente, mas com tanto afinco que fiquei com medo de ele realmente achar algo que não sabia o que era dentro daquele carro. Foi porta-luvas, necessaire, estojo dos óculos, mochila, abaixo dos bancos, porta-malas, tudo, tudo o que puderam olhar.<br />
<br />
Ao mesmo tempo que eu achava interessante que os policiais estivessem trabalhando, achava alguma má-fé em ter justamente me parado, possivelmente por conta do cabelo rastafari. Aquela revista tão minuciosa, sei lá, não me pareceu ser para coibir o uso de substâncias entorpecentes, mas pareciam estar em busca de melar o que acreditavam eles eu usaria no fim de semana. Pois bem, Seu Polícia, perdeu. Provavelmente deixou muito do preto e do branco passar enquanto se esforçava pra me pegar. Pior, com figuras não tão "suspeitas" quanto eu.<br />
<br />
Tudo bem. Após a dura mais dura que já tomei na vida, fui liberado tão limpo quando parei e tomei o resto do caminho. Mas, cara, que situação...Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-47698309455869921872011-06-28T09:27:00.001-07:002011-06-28T09:27:37.471-07:00OiOi, blógue, eu voltei. Voltarei a escrever por aqui já, já... É só a semana ficar mais tranquila que vou colocar novos pôstes nesse meu espaço que hoje está tão esquecido...Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-84263714902740350582010-12-15T06:47:00.000-08:002010-12-15T06:47:15.564-08:00Pernada pela manhã<div class="MsoNormal">Pela manhã fui tentar recuperar a capacidade aeróbica perdida. Correr, fazer o sangue circular, o coração dar aquela bombeada bacana do melado pelas artérias, estimular aquela respirada mais profunda e tal. Após poucos quilômetros, meu lado queniano ainda está meio intimidado, fui esticar a musculatura pra não ficar dolorido e vi a cena triste do dia. Um senhor negro, curtindo um momento maluquinho, vinha falando com geral pela pista, carregava uma mochila e uma bolsa branca na mão. Até a hora em que fez uma firula na frente do trator da Comlurb que vinha com um motorista e um gari esvaziando lixeiras. O motorista do trator parou, chamou o senhor cheio de sociabilidade e com pinta de maluquinho, pediu a bolsa branca pra ver e ficou com a bolsa, deixando sujeito que vinha cheio de bom astral na mão. Não deu pra saber se os sujeitos se conheciam nem nada, mas deu pra sentir a reação de frustração do que teve a bolsa tomada. Pareceu algo tão triste, um ação tão covarde. Momento baixo astral do dia.</div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-39741908796552882072010-12-15T06:46:00.001-08:002010-12-15T06:46:10.639-08:00<div class="MsoNormal">Devia ter postado sobre o "Espetáculo do Alemão", mas papei mosca...</div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-49918946900094784072010-11-03T05:54:00.000-07:002010-11-03T05:54:12.777-07:00Adoro asfalto liso, mas e a faixa de pedestres?Curto a ideia de passar camadão de asfalto nas pistas outra vez. A cidade estava verdadeiramente esburacada. Mas algo que me incomoda profundamente é toda vez ter problemas para atravessas as ruas, principalmente no Centro, onde a faixas de pedestres não foram respostas.<br />
<br />
E daí?<br />
<br />
E daí que a faixa serve de sinalização pro ônibus, pra moto, pro carro deixaram aquele pedaço livre pros maluquinhos passarem caminhando. Sem a listras brancas na rua fica todo mundo embaixo do sinal e os manés dos transeuntes têm que se esgueirar por entres os veículos até chegar ao outro lado. É maneiro não.Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-84038225742896269882010-11-01T06:24:00.000-07:002010-11-01T06:24:20.871-07:00Ser mané é - versão um dia de votaçãoVotar para o Vicente é uma pequena aventura hoje em dia. A brincadeira é sair de casa, no Catete, cruzar a cidade rumo a Bangu e lá digitar na urna eletrônica sua esperança de dias de melhores. De lambuja, rola encontrar os progenitores, o irmão, a galera que fez parte da infância e adolescência ali no Parque Leopoldina, querido rincão entre Bangu e Padre Miguel.<br />
<br />
Ontem, mais um domingo desses de votação, lá fui eu. Acordei tarde, peguei o metrô até a Cinelândia, caminhei dois quarteirões até o ponto final dele... o meu maior pesadelo... o 393 (o famigerado ônibus que faz a linha Castelo - Bangu). O bichinho castigou as pessoas que estavam na fila por 20 minutos sem fim, mas chegou. Chegou e partiu. Pensava eu com meu adesivo Dilma 13 colado no peito da camisa do América que vestia: "vai chegar rapidinho a Bangu". Bobo eu. Muito bobo mesmo.<br />
<br />
Entrei, sentei próximo a uma janela. Pus meu mp3 para ir curtindo um reconfortante Mano Negra pelos ouvidos e o furibundo do 393, como era de esperar, começou a rastejar já no Centro. Cochilei, quando dei por mim estava na Central e o maldito ônibus já estava cheio. Como é que pode num espaço de talvez menos de dez pontos o coletivo já estar super lotado!<br />
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<b>Ninguém na área</b><br />
Assim foi. Passageiros reclamando ao motorista que não mais parasse nos pontos. E o motorista parando em um por um dos pontos na Avenida Brasil. Enquanto isso meu telefone toca: Dona Gloria avisava que não estaria em casa. Passa outro tempo, o tel toca: Irmão-Léo também não estaria em casa. Hehe. Eu só me dando bem.<br />
<br />
Após duas horas e meia de aperto e pentelhação... o famigerado chega a Bangu. Dei aquela caminhada esperta até a escola municipal onde voto... Levei mais tempo subindo a escada da escola do que votando. Foram duas horas e meia por menos de um minuto de votação. Liguei pra camaradagem local. Ninguém atendeu. Puts. Foi o maior tiro n´água ir até lá.<br />
<br />
Pra me vingar fui para a casa dos progenitores dar um sacode na geladeira. Hehe. \o/. Após a comilança... mais momentos cruzando a cidade. Como tinha receio de um trânsito pentelho a solução foi encarar o cara de lata. Após meia hora esperando na plataforma da estação... ufa, passou. E passou vazio. Com direito a ar condicionado e tudo. Diliça...<br />
<br />
No fim das contas a candidata venceu, mas foi um dia em dispendioso em termos de tempo para encontrar... ninguém. Muito, mas muito mané cruzar a cidade toda assim.Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-77110645898273905452010-10-18T08:27:00.000-07:002010-10-18T08:27:32.757-07:00Esse blogue apoia Dilma<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1qli8tGPaQXcgHwGCYjIEBiilxCcF5qnSB6ftoQZ0omHxvTeU7EJH6rQVykLWvM-_fHXMfcrsH78JHiaty4pNNTqntcUFO5kOH15vXiBPr3TyPZTEus4WxtE3p1jEVKMaJRCJkeFSrFQ/s1600/Dilma+SIM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1qli8tGPaQXcgHwGCYjIEBiilxCcF5qnSB6ftoQZ0omHxvTeU7EJH6rQVykLWvM-_fHXMfcrsH78JHiaty4pNNTqntcUFO5kOH15vXiBPr3TyPZTEus4WxtE3p1jEVKMaJRCJkeFSrFQ/s640/Dilma+SIM.jpg" width="640" /></a></div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-5674996460778747412010-10-18T08:20:00.001-07:002010-10-18T08:20:28.609-07:00Rapa!!<div class="MsoNormal">Sexta-feira caminhava tranqüilo, tranqüilo pelo trecho da rua Uruguaiana, entre avenida Presidente Vargas e rua Buenos Aires. Ou seja, caminhava bem no furdunço do camelódromo, hoje já chamado de Mercado Popular da Uruguaiana. São dois galpões com boxes divididos onde se pode comprar eletrônicos, roupas, biscoitos, jogos para videogame, relógios e por aí vai. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Enquanto isso, na calçada, aparentemente produtos similares são vendidos sobre lonas, mesas improvisadas e vários marmanjos entregam santinhos de lugares que fazem empréstimos de dinheiro na hora, uma música alta que só rola dando o ritmo da confusão de gente que passa o tempo todo.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Eis que é só um uniforme cáqui da Guarda Municipal carioca ser avistado por um deles bem de leve na esquina que toda a movimentação da calçada se move ao mesmo tempo, como um grande bloco, para dentro do mercado popular. A informação corre como um relâmpago entre as camelôs que, numa passe de mágica, enfiam-se todos nas galerias estreitas. O que é feito com as mercadorias não sei, mas desconfio que sejam passados por cima dos balcões para as lojas, que são legalizadas para sumir com o flagrante e nada ser apreendido. Momentinhos de tensão. É os homens de cáqui irem embora que a feira continua.</div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-41377381399758138322010-10-12T11:04:00.000-07:002010-10-12T11:04:00.602-07:00Hoje é dia da padroeira. Salve Nossa Senhora Aparecida a quem sempre peço proteção para minhas andanças pelo Rio e fora dele.Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-88942806124040979212010-10-05T07:12:00.001-07:002010-10-05T07:12:55.506-07:00Um dia de festa<div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Bandeirinhas, música alta, muita cerveja. Carros e mais carros na rua. Trânsito feroz, alguns engarrafamentos. Pessoas pilhadas, excitadas, frenéticas andando para todos os lados. Gritos, vivas e olhos injetados de tensão. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Dia de eleição é sempre algo diferente. Independente de quem vença, é curioso ver o envolvimento - não estou fazendo juízo de valor sobre a qualidade/ profundidade do envolvimento que cada um tem – com a dinâmica do dia. Em lugar de criticar aqueles que votam em candidatos, digamos, condenáveis, parece-me mais oportuno entender o que motiva a opção por esses nomes e o barato de curtir esse dia de festa.<o:p></o:p></span></div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-85700903522671179812010-09-23T12:38:00.000-07:002010-09-23T12:38:14.140-07:00Suvenir de boleiro<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqHwo09uWJks9p1RS4PydOQavITimdsda5HN2VXDNoY0JcFGdj6sK2_2OnLaxLKmz9YHkSt0NiqYLIqUuyVR6r8GQAPu7qhyqrnKDeepExf4c32Ad9ooQZe6poWjTll19bYJ3vwy5EnKM/s1600/Escudo_COA_Cordoba_province_argentina.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqHwo09uWJks9p1RS4PydOQavITimdsda5HN2VXDNoY0JcFGdj6sK2_2OnLaxLKmz9YHkSt0NiqYLIqUuyVR6r8GQAPu7qhyqrnKDeepExf4c32Ad9ooQZe6poWjTll19bYJ3vwy5EnKM/s200/Escudo_COA_Cordoba_province_argentina.png" width="169" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Brasão da cidade de Córdoba</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Havia alguns dias estava pela estrada. Passava pela terceira cidade da viagem, a segunda na Argentina. Estava em Córdoba, em meio ao pampa argentino. Capital e província carregam o mesmo nome, uma homenagem à cidade espanhola de onde saíram seus fundadores ali atrás na história.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Córdoba serviu de base para algumas esticadas curtas, como ir a Villa Carlos Paz, um balneário, que o malandrão aqui visitou no inverno. Resultado: existia mais hotéis que gente na cidade. Duas coisas me chamaram atenção: uma galeria de arte muito bonita que ficava sobre o lago, onde se ouvia música brasileira, e o cuco. Pois é, os caras têm um mega-cuco de sei lá quantos metros de altura no meio de uma praça. Sempre dou uma risada ao lembrar porque me neguei a acreditar que aquilo seria um ponto turístico de Carlos Paz. Outra esticada bacana foi para Alta Gracia, onde Ernesto Che Guevara passou a infância. Na pequena cidade, a casa da família Guevara virou um pequeno museu. Uma das partes mais bacanas da viagem, sem a menor dúvida.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Em Córdoba houve o enfrentamento da menor temperatura durante o dia. Numa bela tarde, três graus negativos baixaram sobre a cidade que, como toda a Argentina, era visitada por uma onda polar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Menos frio fez em uma noite, talvez zero grau ou um pouco mais quando </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial;">saí com uns canadenses e equatorianos. Fomos a dois pubs, conversamos e nos divertimos. Já perto do amanhecer, saímos. Um inocente copo com menos da metade com cerveja me acompanhava no caminhar sobre a calçada, quando fui abordado num rompante por dois policiais. Os homens da lei chegaram super incisivos afirmando que eu praticava uma contravenção. Ahn? Eu? Contraventor? Meio temulento enchi o peito de coragem e contei aquela historinha que não era de lá, que estava em Córdoba a passeio, que não sabia que era proibido, que prometia não mais repetir. Pior que sabia da proibição, mas tinha esquecido. Os “hombres” aceitaram o desenrolo e peguei o caminho da hospedagem...</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTX8sbRLzNVcT7WP7lai6DKJIiV3gp-9ezlFhPFQjAtmYyPMWqH5EHHKE0KN1jtBcOn8e0co9JhUiNqijGqKKPnr20NT00lB3TX03ZnG9_3rS2SVBuaD_UOzO62aUgAWRAWpvQ-dvUwD8/s1600/talleres.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTX8sbRLzNVcT7WP7lai6DKJIiV3gp-9ezlFhPFQjAtmYyPMWqH5EHHKE0KN1jtBcOn8e0co9JhUiNqijGqKKPnr20NT00lB3TX03ZnG9_3rS2SVBuaD_UOzO62aUgAWRAWpvQ-dvUwD8/s200/talleres.gif" width="153" /></a></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Nas últimas horas na simpática cidade, uma das maiores da Argentina, resolvi que precisava levar um suvenir, uma lembrança daquela cidade onde havia vivido experiências legais durante as férias. Queria a camisa de um time de futebol local, o Club Atletico Talleres ou simplesmente Talleres de Córdoba. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Faltando duas horas para pegar o ônibus que cortaria estradas argentas durante uma madrugada e me levaria a Rosário, outra cidade hermana, corri até o centro comercial <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- que me lembrou muito a cidade de Curitiba. Em uma loja havia a promoção: por 199 pesos eu levava a camisa mais o shorte.do Talleres. Existia uma detalhe, apenas a camisa era objeto de desejo. O vendedor informou que só essa peça me custaria 189 pesos, questionou-me se eu queria o shorte por 10 pesos. Respondi que não. Pra quê? </span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Virou um furdunço. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial;">Eu realmente só queria a camisa do clube, mas houve uma comoção na loja. Mais dois vendedores vieram me perguntar se eu reamente não queria levar o shorte, um bom shorte, diga-se de passagem. Talvez o povo da loja tenha ficado sem entender, já que para os brasileiros seria equivalente a 5 reais. Eles não concebiam o fato que eu realmente só queria uma peça e não as duas.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Insisti. Disse que tinha pressa porque precisava buscar minha mochila, correr até a rodoviária e emburacar no coletivo. Os vendedores até se mobilizaram, agilizaram a venda. Até que veio um sujeito com pinta de sou o dono do lugar. Devia estar fulo porque os shortes deviam estar encalhados. Olhou pra mim e até de forma simpática me informou: Só vendo camisa e shorte. Camisa separada não sai. Haha. Tive o início de um acesso de riso pela situação absolutamente insana na compra daquilo que seria meu suvenir. Resolvi deixar de ser turrão, desembolsei mais dez pesos e levei o shorte. </span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Ironicamente o shorte pode ser sempre visto comigo enquanto corro por ai. A camisa foi usada duas vezes, nada mais. E cheguei em casa com minha difícil lembrancinha cordobesa.<o:p></o:p></span></div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-3710937286556022542010-09-22T04:29:00.000-07:002010-09-22T04:29:03.310-07:00Dia Mundial Sem CarroE aí, vai dar moral?<div><br />
</div><div>Eu vou.</div><div><br />
</div><div>Não tenho mais carro mermo, nem há dúvida. Dou moral em todos os dias.</div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-22047317109193520882010-09-12T18:05:00.000-07:002010-09-12T18:05:33.923-07:00Sabe o 393?É... aquele mesmo ônibus que faz a ligação entre Bangu e o Castelo, no Centro do Rio... pois bem, nesse fim de semana três ônibus passaram direto e deixaram o Vicente no ponto. Fico pensando, o que pensa um motorista que trabalha para uma empresa responsável por prestar um serviço à população olhar um sujeito no ponto de ônibus fazendo sinal e passar direto. Agora penso por que três profissionais que trabalham como motoristas fazem isso? Aí não entendem porque ao estar desempregados, ao subir nos ônibus com roupas de motoristas, mas vendendo balas não compro uma sequer. Por que tratam o passageiro como coco.Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-79290726706047783312010-09-06T13:46:00.000-07:002010-09-06T13:46:34.207-07:00E o Maracanã fechou. :-(<br />
<br />
Triste ficar sem o estádio. Dá uma sensação de ausência. Que pena. Será um longo período sem por os pés lá. Sem ver o Flamengo por lá.Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-51465339825862680592010-09-06T13:35:00.001-07:002010-09-06T13:35:36.127-07:00Esqui? Fala sério<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial;">Uma prática de quem curte fazer esses passeios é se aventura pelo esqui ou snowboard. Minha proposta foi diferente: trenó. Sim, sim, sim. Sentar no trenó e escorregar neve abaixo. Foi divertido, mas não vou postar foto disso. O mico foi grande, ainda mais nas capotadas durante as escorregadas na neve.</span></div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-5268317683911145872010-09-06T13:21:00.000-07:002010-09-06T13:21:54.977-07:00<div class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJV_HlHR8FTkGDfuwNnz4U-ol4uc3ScPnQbkrAo7OclqtkvjBLzYByBMXqa6pReBuo8Cbv0senoGZgQqqPy7X3JRNXcBEqQFo4Cfs_Eijf1rZ3J_9AtndbnAXauJ-i5ZH9QKMUmN7NrwE/s1600/DSC00396.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJV_HlHR8FTkGDfuwNnz4U-ol4uc3ScPnQbkrAo7OclqtkvjBLzYByBMXqa6pReBuo8Cbv0senoGZgQqqPy7X3JRNXcBEqQFo4Cfs_Eijf1rZ3J_9AtndbnAXauJ-i5ZH9QKMUmN7NrwE/s200/DSC00396.JPG" width="200" /></a><span style="font-family: Arial;">Não vi a final da Copa pela primeira vez desde 1982. Estava em Mendoza e rolou a possibilidade de subir ao Parque do Aconcágua, que fica no fronteira de Chile e Argentina. Não houve dúvida, Copa rola de quatro em quatro anos, ir ao Aconcágua, o ponto mais alto da América do Sul levou 34 anos da minha vida.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUw_cAGExUjTSP4QjTH8E930bZCLqMVZPhzw_pUO_gUMulABwCuccSNGZY1tGDQuh4Tg6sm91e-hpYnjREu7nUO7a-Tg59TRMryAOKrMGkFAQ2CgEPFUkOHlGllQMnFiDN9rZaz-qKY8U/s1600/DSC00389.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUw_cAGExUjTSP4QjTH8E930bZCLqMVZPhzw_pUO_gUMulABwCuccSNGZY1tGDQuh4Tg6sm91e-hpYnjREu7nUO7a-Tg59TRMryAOKrMGkFAQ2CgEPFUkOHlGllQMnFiDN9rZaz-qKY8U/s200/DSC00389.JPG" width="200" /></a><span style="font-family: Arial;">Antes havia ido a duas festas (uma após a outra), o que fez a noite de sono ter sido deixada de lado. Houve tempo ainda de ir ao hostel, tomar banho (mesmo naquele frio cruel), vestir todos os casacos possíveis (esquecendo luvas e touca), por o cachecol do Mengão no pescoço e pegar o caminho. Maneiro passar por lugares que o Exército dos Antes, de San Martín – o bacana que declarou a independência da Argentina, passou há quase dois séculos. Bom, quem gosta de história curte.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Lago andino, rochas, neve, frio, muito frio, mas paisagens desbundantes. Chegando à entrada do parque o frio aumentou consideravelmente e lá começou a brincadeira. O vento cortava o rosto, tanto que o cachecol se somou aos óculos de sol (devido à claridade) viraram uma máscara. As mãos já não eram sentidas por conta da sensação térmica. Não seria exagero dizer que estava menos dez graus. A mãe de duas crianças que acompanhava o passeio ficou com pena do Vicente, emprestou um par de luvas e uma touca (que apareceram em alguma foto). Como agradeci a gentileza, ô. Para se ter uma idéia, quando estive sem luvas tive que manter as mãos dois minutos diante do aquecedor pra voltar a sentir os dedos. Eu, hein.<o:p></o:p></span></div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-77942085394742108652010-09-06T13:12:00.000-07:002010-09-06T13:12:06.283-07:00Cachorrada<div class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje54hJ2x1Jc8tbtAJnS4GHWCE34KvU1I9MXQQkDigtFBDYQySUv6MdGVk0vuF7tb061F2y8o0D-9sOd3F73CZjxXOujYYszKeOcVcXGsr0x_XSQH_a_IBZ__ySTSIoHQ8RTcT9xNbAToI/s1600/DSC00190.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje54hJ2x1Jc8tbtAJnS4GHWCE34KvU1I9MXQQkDigtFBDYQySUv6MdGVk0vuF7tb061F2y8o0D-9sOd3F73CZjxXOujYYszKeOcVcXGsr0x_XSQH_a_IBZ__ySTSIoHQ8RTcT9xNbAToI/s200/DSC00190.JPG" width="200" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial;"></span></div><div class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK68ifgFW9Rx8otwqwvk_3GaVODyxoA84p1cRXD6yawWKNq4mo1brRKeNNGBKKdG-3UJl8en15o9bOHhtcesvVpetpfIo4bj2sgHdc1kar_YCOInN8WYpwHFbhOZVoCrUrgSjAPmx5lW8/s1600/DSC01098.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK68ifgFW9Rx8otwqwvk_3GaVODyxoA84p1cRXD6yawWKNq4mo1brRKeNNGBKKdG-3UJl8en15o9bOHhtcesvVpetpfIo4bj2sgHdc1kar_YCOInN8WYpwHFbhOZVoCrUrgSjAPmx5lW8/s200/DSC01098.JPG" width="200" /></a>Como tem cachorro. Como tem cachorro! Mas é muito cachorro! </div><br />
<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial;">Em todos os lugares, o tempo todo. Muitos, diversos, em sua maioria grandes. Matilhas caminhavam pelas ruas o tempo todo. Dizem que os bichos antecipam os terremotos. Será? Nem sei, só sei que era uma penca. Engraçado que não era só em Santiago, mas também em Mendoza, Córdoba, Rosário e Buenos Aires. Vale dizer que na capital argentina encontrei até mesmo um passageiro canino dentro do metrô. Haha.</span></div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2154626446192012388.post-20440345822251003522010-09-06T12:56:00.000-07:002010-09-06T12:56:59.462-07:00<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Prometi fazer postes falando das férias. Bateu preguiça, passou um tempão mas vou deixar alguns registros.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsAnjUEq45rhFNRH-j00abtUErPBBwnLzbHxeV7h9GN_R9qz4DrAsNBX2t2sXcvh7ZhyWcTkPC94SpiDKKjmWmS6ifclF_-SwzsPXkKdd_zUq-DyTaKN4fXe-KBFMzs-UT8ctGBgSeswk/s1600/DSC00115.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsAnjUEq45rhFNRH-j00abtUErPBBwnLzbHxeV7h9GN_R9qz4DrAsNBX2t2sXcvh7ZhyWcTkPC94SpiDKKjmWmS6ifclF_-SwzsPXkKdd_zUq-DyTaKN4fXe-KBFMzs-UT8ctGBgSeswk/s200/DSC00115.JPG" width="200" /></a><span style="font-family: Arial;">Já falei de algumas impressões, mas algumas coisas merecem especial carinho. Por exemplo, o frio. Como faz fazia frio por aqueles cantos. A sensação era reforçada pelo fato de sempre ter a cordilheira ao alcance dos olhos. O negócio é majestoso, é alto pra burro, a neve está sempre lá no topo. Subir a estrada sinuosa que vai de Santiago a Mendoza, já na Argentina, é um experiência encantadora. Fiquei particularmente emocionado porque havia imaginado que seria algo que eu nunca faria (cruzar os Andes). Pois bem, foi o que rolou.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Também me apresentei ao tal do Oceano Pacífico quando pus os pés <st1:personname productid="em Via Del Mar" w:st="on"><st1:personname productid="em Via Del" w:st="on">em Viña Del</st1:personname> Mar</st1:personname>, não cheguei perto da água, sacomé, frio que só. Agora, coisa esquisita é ir a uma praia, como Reñaca (também em Viña) num dia em que uma onda polar deixa a temperatura muito, muito baixa. Pior era ver que tinha uma galera rumando para a água com suas pranchas de surfe. <o:p></o:p></span></div>Vicente Magnohttp://www.blogger.com/profile/10615262608427727086noreply@blogger.com0