A viagem feita pelo marmanjo aqui, que ocupou 23 dias da mnha vida, deixou-me pensando um bocado sobre o que vale na vida. Duas das maiores heranças que trago das minhas viagens, de todas elas, são as lembranças (boas ou más, embora sejam predominantemente positivas) e as pessoas que cruzam o caminho.
Essa viagem foi solitária. Mochila nas costas, coragem e cara-de-pau acima do pescoço e disposição para conhecer gente, lugares e coisas. Dei sorte por encontrar figurinhas bacanas: baianos, paulistas, cariocas, paranaenses, mineiros, sul-matogrossenses, mexicanos, equatorianos, holandeses e argentinos! Personagens que povoaram os dias em que cruzei um pedaço do continente americano, do Pacífico ao Atlântico.
Em dado momento a solidão bate forte. É tempo demais pra pensar na vida, nas coisas, nas conquistas, nas derrotas. Intermináveis momentos pra se questionar, pra se perguntar. Mas também pra olhar para o outro, as vezes se ver no próximo. No fim das contas, concluí aquilo que já sabia, é impossível ser uma ilha. No meu caso, um ser que precisa necessariamente de momentos de sociabilidade para alimentar alma, é essencial se comunicar, agregar-se aos demais, criar laços para manter o bom astral. Parece que acontece um tipo de feedback. A sociabilidade com o Vicente permite que seu astral mantenha-se em alta.
Também vale dizer que a sensação de estar sozinho em um país diferente do seu, passando por lugares por onde provavelmente não se vai passar outra vez é estranha, impaupável, que precisa ser digerida com o o tempo. Ainda estou digerindo as minhas impressões. Mas estou passando bem, rendendo boas memórias, recordando os momentos, embora nem todos tenham sido bons.
Urbanidades, coisas relativas ao espaço urbano. Sub-urbanidades? Uma referência à minha origem no querido bairro de Bangu. Esse blógue vai servir pra falar sobre cidade, cotidiano, sobre minhas paixões pelo futebol ("Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!"), pelo samba ("pois e sou da Mocidade Independente"), por política, pelas pessoas e seus jeitos de ser. E se algo que não se encaixar nessa apresentação também aparecer pode ser quem nem seja de todo estranho também.
2 comentários:
Fala Vicente!
Acho que, aqui em Portugal, entendo o que estás a dizer;)
Difícil essa coisa de ficar longe de tudo e de todos que lhe são caros!
beijos querido
Só viajei sozinha neste nosso imenso país, mas concordo que os momentos de sociabilidade são fundamentais. O O melhor de ir só é escolher tudo, sem ponderar: o q comer, fazer o q der vontade e na hora q quiser. Ah, vida longa ao novo blog!
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